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Voltemo-nos para o Governo do país

28.02.25 | Manuel_AR

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Não há paciência para isto! Já não nos faltava a ministra da saúde com a sua arrogância e com as demissões sem justificação evidente. Agora só nos faltava o primeiro-ministro que pensávamos ser o único que dizia estar a trabalhar para as pessoas e a mostrar-se empenhado em corrigir erros(?) do anterior Governo resolvendo à tripa-forra os problemas de algumas bem conhecidas corporações da Função Pública, e das suas reivindicações. No entanto, não se tem mostrado lesto a exigir que a sua ministra da saúde, Ana Paula Martins, coloque duma vez por todas na mesa o plano que tem para eliminar o caos que gerou, e piorou, durante a sua vigência na área dita da sua competência (ou incompetência) que é a saúde e o SNS.

Não sou dos que estão contra os políticos, que dizem mal dos políticos, como se houvesse democracia e política sem políticos! Quando surge nos media algo que diga respeito a manchar a face de um político seja porque se descobriu corrupção, peculato, falsificação ou qualquer outro crime do mesmo calibre ou até conflito de interesses. A tendência, mesmo antes de provas concretas, é cairmos em generalizações, por vezes sem fundamento, formando-se opiniões de que todos os políticos são corruptos.

Os que gritam contra a política e os políticos, (mas que também o são), consideram-se impolutos, irrepreensíveis, honestos e exemplares.  Este caso que agora surge a atingir Luís Montenegro pode vir a ser mais um caso para Ventura se salientar e aparecer nos ecrãs das televisões com o seu regatear político contra os políticos e levantar suspeições várias para convencer os mais emocionais.

A ingenuidade não me parece que seja uma característica da política e dos políticos para que se abalancem a ocupar cargos em que facilmente possam ser acusados de situações em que lhes possam apontar o dedo e publicamente denunciadas.  O que contaria esta minha afirmação são os factos ainda só parcialmente objetivados que se passam com elementos do atual Governo e do próprio primeiro-ministro. Se alguém me relatasse estes factos sem me dizer a fonte diria que não era possível existir tal ingenuidade por parte de alguém cujo domínio de competência é o das leis.

Mas é um facto objetivo, temos agora um primeiro-ministro a receber avenças mensais pagas por empresas privadas, mesmo que seja apenas de uma, no exercício do seu cargo. Isto vai muito para além dos conflitos de interesses de grupos privados, que ele poderá vir a esclarecer amanhã na sua comunicação. Se estes factos forem reconfirmados a pergunta se se impõe é o que Luís Montenegro tem na cabeça o que o terá levado a tal ingenuidade como anteriormente referi. Não poderia ele ter feito a si próprio uma consulta sobre os riscos de conflito de interesses?

Volto a repetir como é que um político profissional se coloca numa posição de pôr em risco a sua reputação e contribuir para as tais vozes, ditas impolutas, que se manifestam contra os políticos que pretendem pôr em causa o nosso regime democrático que tem sido fustigado por casos graves e outros até menos graves, mas que não deixam de ser casos.

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