Velhas políticas, velhos comentários
Devido ao cumprimento do orçamento e às avaliações das instituições da a que muitos denominam de "troika", (mas que raio de nome faz-me lembrar a ex união soviética), têm-se sucedido na televisão discussões e debates que deveriam ir no sentido do esclarecimento do público que vive fora do complexo mundo da informação, até porque a luta diária pela subsistência se sobrepõe a tudo o resto. A televisão é um meio unidirecional apesar de, por vezes, pretensamente disponibilizar mails ou telefones para os telespectadores colocarem questões.
Quando alguns profissionais da informação referem nos seus programas algumas questões colocadas por telespectadores, nem sempre as respostas são esclarecedoras. Falam de generalidades governativas e não de casos práticos e concretos que preocupam os cidadãos. As opiniões dos comentadores e "politólogos", uma nova casta de especialistas que fazem "augúrios", qual cartomante "Maya", não chegam ao cidadão comum. Falam do alto da cátedra apenas para alguns, poucos, que os conseguem ouvir e perceber. Dão justificações teóricas e vagas que não esclarecem ninguém. Falam para um "target" específico. Não sentem o pulsar da população. Tentam por vezes arranjar justificações que não satisfazem a maioria dos telespectadores. Os temas que abordam, embora importantes, não chegam às pessoas limitando-se às grandes questões políticas e económicas, deixando para plano secundário as consequências sociais de medidas que são tomadas. Há pessoas que, para além das grandes teses, necessitam de compreender o que lhes está a acontecer, sem demagogias, sem explicações complexas, sem partidarismos e seus falsos distanciamentos.
É importante que as mensagens cheguem aos recetores sem o ruído provocado pelas opiniões e contra-opiniões que, fazendo parte do debate democrático, não são percebidas pela maioria (diria "silenciosa").
O único meio que têm para manifestar a sua voz é na rua. Assim, todos os contributos dos eventuais leitores deste blogue podem ser importantes e esclarecedores. E se por acaso aqui vier parar divulgue-o, porque nem só de coisas comezinhas do dia a dia vive o Homem, é também importante cultivar tudo o que atinge a nossa vivência.