Universidades de verão ou em vão?
Este mês de agosto tenho andado arredado da política nem sei bem porquê talvez desiludido com uma direita que nada resolveu, mas antes agravou os problemas que diz serem sempre e todos dos outros e de uma esquerda receosa de propostas e estacionada para ver em que param as modas.
Entretanto vários diplomas têm vindo a ser preparados enquanto os portugueses embriagados pelo sol e pelos banhos talvez como preparação para as banhadas que irão apanhar até final do ano vindas a todos o vapor por esta direita desgovernada por um primeiro-ministro também ele com os comandos desgovernados.
Veio agora o tempo das universidades de verão do PS e do PSD. Fantochadas que, sob o pretexto de aulas, não são mais do que meras propagandísticas partidárias, está bem de ver. O título de universidade de verão com que aqueles partidos resolveram pomposamente designar os seus comícios restritos que nada têm a ver com o trabalho isento e metodologicamente científico que se faz nas universidades. Dali nada sai como contributo válido para a resolução dos problemas do país e obviamente das pessoas que nele vivem. São meras lavagens inconsequentes que apenas servem para regar as cabeças dos que ainda têm paciência para tomar a injeção ideológica vinda especificamente de uma direita neoliberal que, desastrosamente, nos tem desgovernado e que servem apenas para comunicação social divulgar.
Quanto ao PCP e ao BE continuam com o seu já habitual discurso panfletário e comicieiro este, diga-se, mais do lado do BE na voz da sua cabeça feminina.
E assim vai a política nacional num final de verão com Portugal dominado por terroristas incendiários, que ceifaram várias vidas no combate às chamas e aos quais o Presidente República não ser referiu tal qual fossem gente sem a importância que lhe merecesse. Ninguém tem a coragem de investigar a fundo e de apontar o dedo aqueles terroristas incendiários, limitando-se as autoridades a prender os suspeitos do costume como sejam o bêbado do lugar, o idoso que se quer vingar do vizinho, o maluquinho da aldeia que sobe encostas íngremes de uma serra para lançar fogos em várias frentes coincidentemente na mesma área, e outros que tais.
Houve ainda o infeliz desaparecimento do Dr. Borges que lamentamos apesar de em nada concordarmos com o seu contributo com pontos de vista radicais que, enquanto conselheiro, muito ajudaram Passos Coelho a destruir o tecido social fazendo-nos aproximar a passos largos de alguns países do leste europeu para, segundo eles, podermos ser competitivos. O que não podemos esquecer é que, quando aí chegarmos, os investimentos por que tanto ansiamos partirão para outros locais ainda mais competitivos.