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Um pouco de sensibilidade na política

16.12.17 | Manuel_AR

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As intervenções que o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa faz para comunicação social são muito bem pensadas e cuidadosas não se poupando a críticas diretas, mas subtis a algo com que não concorda por parte do Governo e mais especificamente sobre António Costa normalmente feitas após elogios também estes habilmente tecidos ao mesmo Governo.


 Raramente ou nunca me referi de forma favorável ou desfavorável a António Costa neste mesmo blog. António Costa é um político hábil e com faculdades negociadoras a que temos assistido, e sobretudo preocupado com o Governo que lidera. As preocupações nas suas intervenções são feitas assentam sobre aspetos programáticos e governativos presentes e em propostas para futuros próximos ou longínquos, esquecendo-se por vezes de sensibilidades e afetos também necessários a um político que deve também dirigir-se ao humano dos cidadãos que Marcelo Rebelo de Sousa tão sabe gerir.


Em Bruxelas onde decorre o último Conselho Europeu do ano, sem se referir e fazer comentários à atualidade nacional o primeiro-ministro António Costa disse que 2017 “Foi um ano particularmente saboroso para Portugal.” Após este declaração a comunicação social, sempre atenta a tudo quanto possa ser uma bom título aproveita um declaração de Marcelo para falar em “agulhas desalinhadas” entre Belém e São Bento” como diz o jornal Público que omite os elogios feito por Marcelo Rebelo de Sousa ao andamento da economia de das finanças dos país e centra-se apenas na frase de “Haja memória daquilo que aconteceu”, proferida por Marcelo que continua afirmando que  “Não haja ideia de que o ano foi todo muito bom, com um pequeno problema que foram as tragédias. Não é verdade. Houve neste ano o melhor e o pior”.


Tem razão Marcelo, o homem dos afetos, que não viu com bons olhos que, da parte do responsável pelo Governo não fosse dispensada uma palavra à parte amarga do ano que foi a tragédia dos incêndios. Não duvido que Costa não tenha o meso sentimento que Marcelo, seria uma demonstração pública de sensibilidade para com as populações atingidas. A euforia e o contentamento não podem fazer esquecer o que se deve fazer para remediar o mal que outros provocaram. Costa não esteve bem, este tipo de falhas em política não pode acontecer e não adianta correr logo para Pedrógão, após o regresso de Bruxelas, e depois do Presidente fazer a crítica. António Costa precisa de começar a jogar na antecipação.  

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