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Rangel e o canto do cisne

10.03.14 | Manuel_AR


Paulo Rangel tem uma estratégia definida para iludir o povo, por um lado vai mostrar que se afasta de Passos Coelho e do governo e, por outro, afastar-se da discussão da política europeia e fazer do Partido Socialista o alvo de todos os ataques. Não se percebe portanto como vai Rangel pedir ao maior partido da oposição para se sentar à mesa dos consensos.


Rangel não passa de um tigre de papel. Vocifera a todos os ventos contra o PS utilizando como único argumento erros do passado, muitos dos quais os partidos que o apoiam ajudaram a cometer.


  



 


Rangel quer mostrar agora uma força de combate eleitoralista que não tem e, por isso, tenta mostrar uma dinâmica que o distancie das políticas seguidas pelos seus pares partidários que sustentam o governo de modo a minimizar os estragos eleitorais que já prevê, embora o negue, e que ficarão muito aquém dos desejados. O distanciamento da política do governo de coligação que o apoia vai ser difícil porque, não fará sentido, apontar qualquer outra proposta diferente que o coloque em confronto.


Rangel é do género "a montanha que pariu um rato" porque já não convence ninguém. O seu discurso desenxabido com justificações do tipo "vamos lá ver", ou, do "não é bem assim" já se torna maçador, assim como os ataques aos adversários das oposições que não são mais do que "dèja vu".


Rangel vai refugiar-se no rebuscar do passado e em evidenciar o falso isolamento do Partido Socialista negando, até deturpando, tudo o que o governo fez. A recuperação económica a partir de dados insipientes e alinhando em coro com a direita europeia que apregoa o mesmo numa fase da proximidade de eleições são os seus trunfos. Resta saber se alguém, com exceção de militantes e apoiantes ferranhos e outros conservadores clubistas que apoiam o governo, vai ficar encantado com o canto do cisne.


Rangel é o candidato do governo, ponto. Terá, por isso, que se identificar com os seus "sound bytes".