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A PROPÓSITO DE TUDO: Descubra aqui artigos e opiniões sobre sociedade e política. Um olhar sobre o que nem sempre está à vista. Demografia, sociologia, ambiente, trabalho e migrações e outros
De acordo com o JORNAL DE NOTÍCIA a Comissão Europeia defendeu uma baixa de redução salarial de 5% no setor privado. Pires de Lima diz no entanto que não senhor, o ajustamento salarial no privado foi o suficiente (eleitoralismo?). Claro! Então porque não propõe o aumento de 3% a 5% nos salários dos privados! Isso poderia contribuir para o aumento da produtividade. Trabalhador aumentado, trabalhador motivado... É ironia.
Como já afirmei várias vezes nunca fui funcionário público e tenho escrito várias vezes que, quando se trata dos "outros" está tudo bem. Quando nos toca a nós é sempre uma "chatice"! É este o pensamento que corresponde à característica da maioria dos portugueses que Eça descrevia com uma linguagem muito peculiar.
É por isto que se deixam manipular pelas manobras divisionistas e segregacionistas deste Governo.
Eis a notícia:
A Comissão Europeia defendeu, esta quinta-feira, que Portugal precisa de uma redução salarial adicional de 5% para garantir que há um equilíbrio entre a taxa de desemprego e o nível salarial.
No relatório sobre a décima avaliação regular ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), divulgado esta quinta-feira, a Comissão Europeia refere que "Portugal precisa de uma moderação salarial suficiente para absorver o desemprego" e apresenta estimativas.
De acordo com os cálculos de Bruxelas, "uma redução de um ponto percentual na taxa de desemprego exige uma redução dos salários reais de cerca de 2,4%" e "era preciso uma queda dos salários reais de 5%" para fechar a diferença entre a taxa de desemprego atual e a taxa de desemprego a partir da qual o nível salarial não leva a novos aumentos do desemprego.
Ou seja, na prática, partindo da relação entre a taxa de desemprego e os salários, a Comissão Europeia defende que, para se chegar a um nível salarial que não aumente o desemprego, os salários reais teriam de descer 5%.
Os técnicos de Bruxelas salvaguardam que é preciso olhar para estas estimativas "com cautela" e que os cálculos "são muito sensíveis à medida usada para a produtividade".
No documento, a Comissão Europeia sublinha o "ajustamento significativo" desde 2010 em matéria de custos unitários do trabalho, que recuaram quase 6% no setor privado entre 2010 e 2013.
No entanto, aponta Bruxelas, Portugal tem "uma posição líquida de investimento internacional muito negativa", pelo que "a estabilização [da balança corrente] pode não ser suficiente para garantir a redução das vulnerabilidades relacionadas com a posição externa" do país.
Utilizando a posição líquida de investimento internacional como um indicador chave a nível macroeconómico, a Comissão considera que é preciso "uma redução segura" deste indicador no médio prazo.
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