Oposição de direita ou os inimigos dos portugueses
Lamentável a atitude da oposição da direita PSD que, como várias vezes tenho afirmado, à falta de argumentos e propostas alternativas de governo agarraram-se à CGD - Caixa Geral de Depósitos como para fazer oposição que, de facto o não é. Em vez de oposição o PSD faz prova de vida transformando-a numa traquitana politiqueira.
O PSD está a sofrer duma espécie de taquicardia autoinduzida com recurso à CGD e cuja consequência é, em vez de provocar a sua morte provoca estragos nos portugueses. Esclareço que, neste caso, aplico o conceito de taquicardia ao bater anormal e muito rápido do centro oposicionista do PSD liderado pelo ressabiado Passos Coelho.
O PSD não está a fazer oposição e transformou-se num inimigo dos portugueses que sempre e em circunstância adversas confiaram na CGD. Se isto é ser patriota, como muito vezes pregaram quando estavam no Governo, então vale tudo e, no limite até destruir Portugal. Passos deveria tirar o Pin da bandeira portuguesa da lapela porque lhe fica muito mal.
Libertaram a sua raiva porque não têm soluções para nada, nem para a própria Caixa. Perpetraram descalabros económicos e ameaçam um banco que deveria ser dado com um exemplo de solidez e merecer o apoio de todos, pelo menos neste caso. O Tribunal de Contas deu a conhecer hoje o emaranhado da CGD que o anterior Governo provocou.
Até o liberal e grande defensor do PSD e do Governo de direita, João Miguel Tavares, que eu aqui tenho algumas vezes criticado e acusado de ser faccioso, vem hoje dizer no jornal Público que a “CGD não precisa de um tipo baratinho e sacrificado. Precisa do melhor nome possível que exista no mercado, ainda que pago a peso de ouro”.
Diz algum povo por aí, porventura sem conhecimento de causa, e é com isso que o PSD conta: “Pois, eu ganho uma miséria e esses senhores ganham fortunas”. Pois é! O certo é que, eu, e, os meus caros senhores, que assim falam e se insurgem, não conseguíamos fazer o trabalho que eles fazem, nem temos as competências que se lhes exigem.
Alguém arrisca por aí a fazê-lo por um valor que achem ser razoável? Então proponham-se para tal. Eu cá por mim não.