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O supremo magistrado do governo

20.06.13 | Manuel_AR



Após a instauração do Estado de Direito Democrático em Portugal os Presidentes da República foram sempre reconhecidos como os supremos magistrados da nação e, como tal, os representantes de TODOS os portugueses.


O atual Presidente da República transformou-se no supremo magistrado de uma parte da nação, cada vez mais pequena, tendo passado a ser mais um braço de apoio ao Governo do que um vértice do aparelho político titular de um poder moderador, imparcial e independente. Era suposto que deveria defender os interesses de todos face às arbitrariedades praticadas por alguns.


Acantonou-se em Belém com a sua primeira-dama bacoca que o acompanha muito bem e, sabendo que já nada tem a perder, porque é o seu último mandato, refugia-se na limitação de poderes para fazer tudo o que o Governo pede, colaborando com atitudes a que poderíamos chamar revanchistas. Isto é no mínimo suspeito porque pode levar a supor que o Senhor Presidente da República teme que alguma coisa se venha a saber, caso não cumpra o que lhe pedem.


Também é curioso que, estando a ser contestado publicamente, até na rua, coisa que nunca se viu durante 30 tal anos de democracia, iniciasse uma campanha de atemorização contra cidadãos pacíficos que o contestem ou se manifestem, dando ordens para detenção nestes casos. O que é isto senão restringir, pelo medo, a liberdade de expressão prevendo e evitando casos futuros.


A prisão de um sujeito que se encontrava na assistência, por alegados insultos, não foi mais do que a intencionalidade de dar o exemplo do que pode acontecer a quem se manifeste contra ele, o Presidente Cavaco.


Apronta-se e prepara, dissimuladamente, eventos que lhe possibilitem fazer campanha pró-governo, preparando as próximas eleições dando-lhe “uma mãozinha”.  


Somos um povo pacóvio, medroso, sofredor e acomodado que aceita tudo o que nos impingem e que se ajusta bem aos governantes e presidente que temos e que, por isso, fazem de nós gato-sapato.