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No PSD é tudo uma gracinha e Montenegro é uma delas

11.01.20 | Manuel_AR

Eleições PSD.jpg


Imagem alterada a partir do original do jornal Público


Os candidatos à eleições internas no PSD dão voltas à cabeça para arranjarem argumentos convincentes para convencerem os militantes que vão votar. As voltas são tantas que saltam do partido para fora e centram-se no partido do Governo. Como nada têm agarram-se ao que está à sua volta. É o caso de Montenegro que dá a volta à praça e, numa atitude de recusa em aceitar uma realidade empiricamente verificável, acusa outros daquilo que foi feito pelo seu próprio partido quando nos últimos anos esteve no governo e ele, na altura, era líder parlamentar do PSD.


Essa atitude negacionista e de esquecimento intencional leva-o a declarações provocatórias como as que fez num encontro de militantes em Leiria: “Este é o Governo com maior insensibilidade social de que há memória”. Que insensibilidade? – Cortar salários e pensões, aumentar impostos, reduzir ou eliminar subsídios a classes mais desfavorecidas, empobrecimento das pessoas, aumento do desemprego, entre outras? Onde esteve a insensibilidade social?


Montenegro justifica com omissões e mentira descarada quando diz que o partido da austeridade e da “troika” é o PS. Quem pressionou a vinda da “troika” foi Passos Coelho. Compreende-se que tenha sido devido aos destemperos financeiros do tempo de Sócrates, mas será que a insensibilidade social a que Montenegro se refere e que atribui ao atual governo significa que se deveria voltar ao tempo dos desregramentos financeiros de Sócrates que levaram Passos ao poder?


Grave também foi Luís Montenegro ter afirmado querer o PSD um partido "à Cavaco". Apesar de ser frase ser mais para fazer campanha para atrair as hostes cavaquistas que ainda proliferam no partido a afirmação diz muito do que Montenegro pretende se algum dia chegar a primeiro-ministro.