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Meu querido mês de agosto ou o insuportável mês de agosto:Turismo e imigração

09.08.24 | Manuel_AR

Turismo e Imigração.png

O TURISMO

“Meu querido mês de agosto” um tema cantado e popularizado por Dino Meira em 1992. Uma longa-metragem realizada por Miguel Gomes, um cruzamento de ficção com documentário cujo nome “Aquele Querido Mês de Agosto” adota o título da canção de Dino Meira, é uma narrativa onde um conjunto de músicos, em agosto, percorrem várias festas populares do Norte do país.

Estamos em pleno mês de agosto e o turismo vem a propósito, mas sem esquecermos a imigração que todo o ano cresce ao montão. O turismo excessivo é uma bênção para os governos e uma maldição para os moradores locais, mas Presidente da Câmara de Lisboa não vê “excesso de turismo” apesar do desmedido recorde de visitante.s

Os meses de verão, especialmente o mês de agosto, que nas décadas de oitenta de noventa era esperado com grande alegria pelos familiares dos emigrantes que, nessa altura, chegavam com carros e bagagens para visitar as suas terras natais e os familiares, tornou-se agora num pesadelo juntamente com as carradas de turistas a maior parte deles mais parecem os que antigamente se designavam por turistas do pé descalço, agora atualizados, mas não mais bem-educados.  

Esta catadupa de gente, juntamente com imigrantes de várias origens, assalta a nossas cidades tornando-as insuportáveis, sujas, barulhentas relegando os autóctones e fazendo deles cidadãos de segunda. Quem rejubila são os comerciantes de bares, de restaurantes, discotecas e de outras atividades destinadas a um turismo de vagabundagem e de excessos que agentes de turismo pouco escrupulosos promovem lá fora captando para Portugal, especialmente para o Algarve, uma espécie de lixo turístico, como consequência da ganância pelo dinheiro, a moral das pessoas e o seu comportamento está tendencialmente a regredir negativamente.

Só falta, se é que já não existe, como o que acontece na Tailândia enquanto destino turístico que carrega uma conotação negativa desde a Guerra do Vietname onde as fracas condições económicas dos locais, levaram à prospeção de uma economia sexual fortemente sustentada. Mas não apenas aqui também na República Dominicana que padece de precaridade laboral, o que serve de alavanca para outro tipo de negócios, incluindo este da exploração sexual por turistas. Há estudos que apontam para tal nomeadamente o de   Gomes, S.P. (2023), Tráfico de mulheres para fins de exploração sexual na zona sul de Portugal: perspetivas sociais.

O turismo de excesso em Albufeira passou a ser a prática corrente causando os mais variados desvios dos padrões do que deveria ser um turismo responsável e sustentável.

Basta ver o vídeo seguinte para confirmar o nível de excesso a que se chegou e que passa dos limites do aceitável e do razoável.

A região do algarve está altamente dependente do turismo, o que a torna vulnerável a flutuações sazonais e crises económicas globais.

O turismo excessivo ou sobreturismo é o efeito que o número crescente de visitantes tem numa cidade, nos marcos históricos e nas paisagens e ocorre quando o número de visitantes num destino ultrapassa a capacidade de suporte do local, causando uma série de problemas devidos a popularização através de redes sociais, filmes e sobretudo a promoção do destinos através de campanhas de marketing que tornam o destino demasiado atrativo para um grande número de turistas; voos baratos; facilitação do Governo deste tipo de turismo como via para o crescimento da economia porque, enquanto considerado como como exportação representa cerca de 14% das exportações portuguesas, ajudando a equilibrar a balança comercial do país. E é nisso apenas que os governos apostam descurando outras fontes de crescimento.

O turismo domina e representou no ano passado quase metade do crescimento global da economia portuguesa é nisso que os sucessivos governos se agarram sem que se faça por diversificar e deixar de ficar dependentes do turismo. Não necessitamos do turismo dos calções e dos chinelados, precisamos, isso sim, do turismo de qualidade. Por outro lado, o sobreturismo é uma das causas para o aumento desregrado da imigração e é uma das causas para que as propriedades para arrendamento para turismo possam exceder as habitadas pelas pessoas locais desagregando as comunidades. A subida a pique dos preços, as filas excessivas, as praias apinhadas, os níveis de ruído exorbitantes, os danos em sítios históricos.

Os portugueses, a população de Lisboa, a sua maioria, estão fartos do crescimento desregrado da imigração e do turismo.

A IMIGRAÇÃO

Estamos a ser pacificamente infestados por gente que chega a Portugal vindos da Ásia e da África com a ilusão que lhes “venderam” de ser um país “atrativo” onde tudo é fácil e onde há emprego para todos e onde terão acesso pleno e gratuito aos serviços públicos que entopem com prejuízo dos locais. O aumento da população devido à imigração pressiona os serviços como o da saúde, educação e habitação com prejuízo para todos. Estas circunstâncias levam a um aumento de atitudes xenófobas ou discriminatórias assim, são mais as desvantagens do que os benefícios gerados pela imigração descontrolada e de portas abertas. Os governos de António Costa tiveram nisso grande responsabilidade.

Manifestam-se várias opiniões favoráveis à imigração, algumas de importância pouco significativa um dos fracos argumentos é o do enriquecimento da cultura local através de novas tradições, que, com todo o respeito por essas culturas, não precisamos de sermos, por elas, aculturados no sentido da adoção de uma cultura estrangeira por contacto direto e prolongado, mesmo que de gastronomia e de culinárias se trate porque já apreciamos há décadas mesmo antes da enxurrada de imigrantes.

Há, contudo, dois aspetos que poderão ter algum efeito na nossa economia e na demografia. Quanto ao primeiro efeito é o de preencher lacunas no mercado de trabalho, especialmente em setores com falta de mão-de-obra. Quanto ao segundo embora possa ter efeito a médio prazo, devido ao envelhecimento da população podem ajudar a equilibrar a pirâmide etária, mas, no muito longo prazo irá contribuir para a mestiçagem e, talvez num século, a população do país que perderá as suas caraterísticas fenotípicas, isto é, propriedades físicas observáveis como a aparência, o desenvolvimento e o comportamento. Ano O fenótipo do organismo é determinado por seu genótipo, que é o conjunto de genes o organismo carrega, bem como por influências ambientais sobre esses genes.

O número de imigrantes em Portugal tem aumentado significativamente nos últimos anos. Em 2023, mais de um milhão de estrangeiros residiam no país, representando cerca de 10% da população portuguesa. Este aumento é notável, considerando que em 2018 havia menos de 480 mil imigrantes.

A imigração tem impactos variados. Por um lado, contribui para a diversidade cultural e pode ajudar a suprir a falta de mão-de-obra em certos setores. Por outro lado, pode gerar desafios em termos de integração e pressão sobre os serviços públicos e na habitação e até na proliferação de sem-abrigo.