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Mediatismo tagarela à presidência

15.12.15 | Manuel_AR

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Recordem-se que o segredo para vender é "sinceridade". Assim que a conseguirem imitar venceram!


 


É só seguir as instruções



 


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Marcelo Rebelo de Sousa é um candidato produzido nos mediam e por eles apoiado. Não fosse a sua visibilidade televisiva e estaria ao mesmo nível de todos os outros. Marcelo pode ser um estudo de caso da influência dos mediam nas opções de voto. Marcelo é um "show men" da política. Marcelo responde ao que os portugueses mais apreciam na política a capacidade de serem conduzidos por alguém que os consiga iludir com traços de credibilidade, seja ele quem for.


Marcelo tem tudo aquilo que a maioria dos portugueses gosta num político, conversa fiada, mediatismo, popularucho e vendedor de falsa política e que lhes transmitam empatia, ou seja, com quem se identifiquem emocionalmente. Os portugueses têm necessidade de alguém que percebam e que os conduza a um rumo, não interessa qual, desde que de acordo com o seu conservadorismo atávico. Dito de outra forma, precisam de alguém que exprima o reaparecimento de caracteres que pertenciam a gerações antepassadas e que tinham já deixado de se manifestar.


Marcelo Rebelo de Sousa, quer se queira ou não, é um político que não se distanciará do seu perfil ideológico na política. Aparentemente poderá mostrar-se como sendo um candidato de todos os quadrantes, com "savoir faire", com capacidade comunicacional e que diz não fazer o mesmo que fez Cavaco Silva. É tudo uma questão de forma.  


A tagarelice de Rebelo de Sousa tem sido mais do que óbvia viu-se na entrevista que deu na televisão. Foi a entrevista dum comentador da política que comenta a sua candidatura política. As televisões apoiam a sua candidatura sem qualquer espécie de preconceito no sentido da relevância que lhe atribuem em detrimento de outras candidaturas.


Segundo as últimas sondagens (15 de dezembro), Rebelo de Sousa, ao estar à frente nas sondagens mostra que o comentador político entra em todos os eleitorados e é o candidato mais nomeado entre os eleitores do PS, BE e CDU, o que parece irrealista, demonstra que os portugueses preferem à frente da Presidência da República uma figura mediática que venda comentários políticos.


Há figuras que são criadas, produzidas e gratuitamente vendidas pelos media, Marcelo Rebelo de Sousa é uma delas. Não fosse o mediatismo que a TVI lhe proporcionou e não estaria agora à frente das sondagens.  


Já disse em tempo, neste blog, que, se Cristina Ferreira da TVI se candidatasse à Presidência da República teria probabilidade de ganhar. Os portugueses são assim…


Não é por acaso que a direita decidiu apoiar a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, eles sabem que irá estar ao seu lado como Cavaco Silva sempre fez mas com estilo diferente.


A direita tendo perdido o poder que pensava garantido para sempre segura agora Marcelo como uma hipótese de, a prazo, voltar novamente ao poder. Aliás, o discurso da direita tem vindo a mudar, inclina-se mais para o centro e já utiliza ideias perfilhadas pela esquerda, quer agora mostrar que é um partido social democrata que perdeu e que se voltar ao podder voltará à senda do neoliberalismo.


À primeira oportunidade o candidato Marcelo, se for eleito, tenderá a conduzir os processos da política ao seu modo, isto é, para o lado da direita. O candidato Marcelo pisca o olho a todos os quadrantes partidários, da direita à esquerda radical. Tudo lhe dá jeito, depois se verá…


Na passada sexta feira Passos Coelho no Conselho Nacional do PSD destacou o mandato "apartidário" de Cavaco Silva (hilariante!) e afirmou querer que Marcelo Rebelo de Sousa seja um Presidente como Cavaco Silva e apelou a que os eleitores e militantes votem em Marcelo tendo o PSD aprovou apoio a Marcelo por unanimidade e aclamação. Está tudo dito! A perda de poder pelo PSD, que lhe soube a pouco, leva-o a recorrer a todos os meios que lhe possam garantir a volta à cadeira dos privilégios governativos. A direita quer agora, através de Marcelo, ganhar nas presidenciais como forma de revalidar e justificar o ganho que obteve nas eleições legislativas mas perdeu na Assembleia da República.


Para quem tenha sido fã do Presidente da República Cavaco Silva terá em Marcelo Rebelo de Sousa o seu presidente. Mas Marcelo já disse que não será como Cavaco Silva, e não será. Ninguém é igual a outro, o estilo pode mudar mas as opções e as decisões, essas é que importam.


Por sua vez, Paulo Portas também apoia Marcelo. "Não precisamos de um Presidente também socialista" disse ele. Pois claro, precisam de um que seja de direita e bem!

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