Mais cargos políticos para sobrecarregar a despesa do Estado e os nossos impostos
Depois dizem que se está sempre a dizer mal de tudo. Pois claro, o caso não é para menos. Quando tanto se fala em cortar nas despesas que dizem respeito aos cidadãos, como SNS, e apoios sociais e despedimentos na função pública, criam-se novos cargos nas autarquias. No Jornal Expresso desta semana, 10 de novembro, última página, vem uma notícia com o título “Relvas cria “jobs” para ex-autarcas” da qual passo a transcrever alguns passos.
O “lead” da notícia informa: “Vai nascer uma nova classe de dirigentes a nível intermunicipal. Serão mais de uma centena, remunerados”
A notícia refere que o Governo aprovou uma proposta de lei em que autoriza um novo nível na Administração Publica” em que mais cem cargos remunerados vão nascer. Todos eles com vencimentos ilíquidos de 4000 euros, mais do que ganha um deputado. As remunerações dos restantes membros daqueles órgãos vão ser equiparadas a vereadores a tempo inteiro. Há algumas dúvidas quanto aos poderes daqueles órgãos. A notícia do Expresso continua dizendo que “numa altura em que se fala da racionalização da despesa, a criação da figura do "primeiro secretário" das comissões executivas é vista em meios políticos da oposição como "um fato à medida" de autarcas impedidos de se candidatarem a novo mandato.
Cortam no Estado Social e cada vez impõem mais austeridade aos portugueses para isto. Todos nós estamos a pagar isto, mas os senhores comentadores comprometidos não comentam estas notícias. Pois, não convém que se faça muito alarido. Quanto à oposição PS nem um comentário sobre isto, porque também lhe vai interessar para as suas clientelas partidárias já na expetativa das próximas eleições.