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A PROPÓSITO DE TUDO: Descubra aqui artigos e opiniões sobre sociedade e política. Um olhar sobre o que nem sempre está à vista. Demografia, sociologia, ambiente, trabalho e migrações e outros
A oposição do PSD continua a esbracejar e a gritar como se estivesse a afogar-se lentamente sem que ninguém a ouça por falta de coerência e de estratégia coerente e alternativa. É mais ou menos como aquele sujeito brincalhão que grita do mar por socorro numa certa praia como estivesse a afogar-se, e, quando chega o salva-vidas, diz que estava a brincar. Um dia viu-se mesmo aflito e ninguém lhe ligou. Morreu afogado.
Grita em voz alta, sobre tudo e sobre nada, que o Governo está a fazer mal e não diz concretamente o que faria se fosse novamente Governo. Já sei, é a velha história do quem governa não somos nós, não temos nada para dizer. É verdade, mas no caso particular do PSD não, porque, um dia, quando houver eleições terá que abrir o jogo novamente e dizer ao que vai e, se não o fizer, então é que vão ser elas. Nessa altura Passos Coelho e a sua “entourage” irão engolir os tais sapos para não ficar entalados, isto se o partido o mantiver até lá.
Quem assistiu ao debate parlamentar sobre o Orçamento de Estado para 2017 terá apreciado o desempenho das intervenções dos partidos da direita PSD e CDS, e, também da esquerda, mas desta já sabemos quais são os seus pontos de vista e gere-os no tempo como muito bem entende e já assistimos, mais do que uma vez, a deixar a direita a falar sozinha.
A oposição da direita foi lamentável e resultou em nada. Mostrou apenas despeito. Curiosamente, a intervenção de Passos Coelho mostrou uma postura de não rufia oposta à do primeiro-ministro António Costa que ele disse ser rufia. Ao dizê-lo, entrou também no rol dos rufias. Segundo o bem-falante Passos, que não é rufia, as boas ou as más políticas, as boas ou as más medidas parecem depender de quem governa ser mais ou menos rufia. Saltou-lhe o verniz falso, de baixa qualidade, que mostrava usar. Tão falso, como foi desde sempre. Antes, durante, e depois de ter estado no Governo.
Será que vale a pena enunciar novamente as políticas, as medidas e as afirmações atentatórias da dignidade de vários setores da sociedade portuguesa quando o não rufia Passos esteve no Governo? Pronto, já sei, o argumento costumeiro das condições excecionais em que governou. Parece ser óbvio que, à falta de dizer o que faria se voltasse a ser Governo, faria novamente tudo igual, com mais ou menos neoliberalismo à mistura, porque, se o fosse, a sua trupe de assalto ao poder lá continuaria.
Ainda a propósito do menino muito bem comportado Passos, preso ao passado recente, ter chamado rufia a António Costa seria interessante que este lhe colocasse um processo em tribunal como António Peixoto, o da peste grisalha, tal e qual dama ofendida, fez ao sujeito que lhe escreveu uma carta aberta onde lhe sugeria por meias palavras que era um dromedário e outros impropérios.
Ao escrever isto faço-o com um certo receio não me vão também instaurar um processo por abuso da liberdade de expressão.
Mas voltando ao assunto principal. Quais foram então as intervenções da direita? Tal como a conhecida frase “chapéus há muitos seu palerma”, intervenções da direita houve muitas, mas argumentos sérios e consistentes nenhuns. Limitaram-se apenas a cinco pontos sem interesse, desajustados e fuga aos objetivos concretos da discussão:
Esta oposição de direita é um fiasco.
Notas finais:
Há por aí uns rumores de que Miguel Relvas e Marco António Costa do PSD andam a preparar qual,quer coisa. Se assim for então podemos estar descansados porque vai tudo mudar no PSD (ironia).
E, por último dá para rir. O PSD diz com grande desplanto que o Governo e também a Câmara de Lisboa, diga-se Medina, (da resolução do tribunal por causa do caso do Braga Parques) não estão a saber defender o país. Mas, se bem nos lembramos, o imbróglio foi um dos casos criado pelo próprio o PSD quando estava na Câmara e Carmona Rodrigues era o seu Presidente.
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