Briefings ou uma nova forma de enganar os crédulos dos Portugueses
![]() | ![]() | ![]() |
Em resumo, tudo não será mais do que, através da comunicação social, enganar o povo sobre o que realmente se está e irá passar, à boa maneira da antiga União Soviética, para já não dizer à moda da Coreia do Norte, com um cariz democrático, tendo em vista minimizar a imagem desfavorável sobre o Governo na opinião pública, preparando as próximas eleições.
Esta segunda-feira abriu a época da caça ao voto, e da propaganda ao Governo. O grande comunicador e coordenador Poiares Maduro vai iniciar os “briefings” com os órgãos de comunicação social conduzidos por Pedro Lomba. Tendo sido colunista do Jornal Público desde 2009, é bem conhecida a sua opinião ligada à direita. Um dos artigos que escreveu tinha o título , vejam só, “O Sucesso de Tatcher”.Por aqui podemos ver onde ele se arruma.
Não é difícil prever o que vai acontecer nesses “briefings”: sairá para a rua a propaganda no seu melhor às ações e medidas do Governo. De forma apriorística o objetivo que se evidencia é o de propiciar e fortalecer a unicidade, (sublinha-se unicidade para a distinguir de pluralidade), do discurso e da coerência da linguagem de um Governo sem rumo, evitando comunicações contraditórias.
Tudo não vai ser mais do que um planeamento estratégico de marketing com o qual pretendem, sob a capa de informar, persuadir quem os ouvir ou ler, sobre as boas práticas do Governo, e só dele.
Tudo isto fará sentido se pensarmos na articulação das mensagens a divulgar aos jornalistas, tendo em vista a criação de sinergias e potencialização dos efeitos no público-alvo (as populações) através dos órgãos de comunicação social, em especial impacto nas televisões.
O objetivo é, assim, moderar e modelar a atitude das pessoas levando-as a desenvolver atitudes favoráveis ao Governo, através da unicidade da informação comunicada aos jornalistas que, bem espero, não passem a ser apenas uma correia de transmissão da informação que lhes oferecerem.
Conhecendo nós as trapalhadas, os erros, as falsas promessas, o acalentar de esperanças de melhores dias jamais conseguidos em tempo útil da vida ativa da maior parte dos cidadãos, leva-nos elencar, para além dos já indicados, outros objetivos, previamente pensados e refletidos, que poderão esta por detrás dos tais “briefings”:
- Estabelecer normas que disciplinem o relacionamento do Governo com as populações tendo em vista eleições, próximas e futuras.
- Disseminar e “adoçar” os valores e as políticas que têm pautado a ação deste Governo.
- Responsabilizar os órgãos de comunicação social cuja informação não esteja em uníssono com a que foi difundida nos “briefings”.
- Tentar unificar o discurso institucional.
- Zelar pelos interesses do Governo e dos partidos, seus apoiantes.
- Utilizar os “briefings” como ferramenta estratégica no sentido de fortalecer a imagem do Governo, para uma mudança de atitude dos cidadãos.
- Promover, consolidar e valorizar a imagem institucional do Governo mesmo junto dos seus apoiantes.
- Definir e disciplinar as práticas da comunicação social através dos “briefings” para a criação de um padrão de relacionamento em diversas áreas de atuação.
- Favorecer o fluxo de informações, ditas corretas, entre o Governo e os cidadãos, maximizando o que se prevê ser uma falsa transparência nas ações comunicativas e de relacionamento com as populações.
Em resumo, tudo não será mais do que, através da comunicação social, enganar o povo sobre o que realmente se está e irá passar, à boa maneira da antiga União Soviética, para já não dizer à moda da Coreia do Norte, mas com um cariz democrático, tendo em vista minimizar a imagem desfavorável sobre o Governo na opinião pública, preparando as próximas eleições.