A imprensa e as citações
Hoje fico-me apenas por algumas citações.
Miguel Sousa Tavares
E agora, O Banif
"... se o Tribunal Constitucional concordar com o Presidente, o Governo não sabe onde ir buscar €1500 milhões que passarão a estar em falta, mas soube onde ir buscar os €1700 milhões que deu e emprestou à banca privada."
O comentário de um leitor sobre o artigo no Expresso online:
É sabido por todos que esta intervenção é efectuada no âmbito do fundo de capitalização da banca (12 Mil Milhões), previsto no programa de assistência financeira celebrado pelo Estado Português e com a famigerada Troika. Trata-se do tal fundo de capitalização que os media tanto criticaram por tardar e, agora que aparece, se arranja outro assunto para retorquir.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-agora-o-banif=f777371#ixzz2HIlxQhab
O meu comentário:
Acho que Sousa Tavares sabe muito bem isto. Mas, o que eu sublinho é o de facto de nunca haver dinheiro para a Saúde, para a Educação e para outras despesas sociais do Estado e, por isso, há que aumentar impostos e reduzir a despesa social. Mas, quando se trata de outos fins aparece o dinheiro venha ele de onde vier.
Filomena Mónica
A repartição dos sacrifícios
"Devo dizer que nada tenho contra os ricos e ainda menos contra os indivíduos que correm riscos ao fundar empresas num país politicamente instável, mas que tenho muito contra o chamado tráfico de influências." Por mais que me queiram convencer que foi o mercado a ditar o actual salário do dr. Catroga, não aceito a tese.
Com ou sem chineses, a empresa para que foi contratado, a EDP, só me tem dado maçadas, revelando, o que é dizer muito, um nível de incompetência maior do que a PT. Segundo o “Correio da Manhã”, no passado ano, o dr. Catroga, alguém próximo de Cavaco Silva, auferiu, como presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, 45 mil euros brutos por mês, a que temos de juntar 9600 euros de reforma. Admitindo, como o próprio anunciou, que pagará metade em impostos, leva todos os meses para casa, 27 mil euros, por um cargo não-executivo. No primeiro semestre de 2012, período para o qual existem dados, teve de presidir a cinco reuniões, ou seja, a menos de uma por mês. Não se pode dizer que seja extenuante.
O meu comentário:
Estes são apenas algumas das muitas situações de como se faz a transferência de riqueza de uns, que ficam mais pobres para outros que passam a ficar cada vez mais ricos. Depois lá está a maioria dos portugueses a viver acima das suas possibilidades.
Contudo,
Fortunas cresceram 13 por cento em Portugal no ano da austeridade
"As grandes fortunas em Portugal assinalam um aumento de 13 por cento, entre 2011 e 2012, de acordo com um estudo realizado pelo Dinheiro Vivo. O património da família Soares dos Santos foi o que mais subiu: cerca de 714 milhões de euros, no ano passado. Os milionários estiveram imunes à austeridade.".
Ler mais:
http://www.dinheirovivo.pt/Graficos/Detalhe/CIECO090051.html