A confraria das barbichas e dos bigodinhos
A moda dos jovens adolescentes e pós-adolescentes que prolifera apresentando um estilo com barbicha, bigodinho e cabelo levemente despenteado e puxado para a frente a pretender mostrar que são sujeitos originais, modernos, diferentes e com muita personalidade. Estão a topar cotas?
O penteadinho do cabelo ligeiramente ondulado e puxado para a frente faz-me pensar se será para ajudar a tapar uma calvície precoce que lhes vai surgindo.
Para falar a verdade não vejo nada disso. Imagino a arte necessária para manter uma barbicha dessas com tesoura a aparar os pelos da penugem ou então imagino que vão a barbeiros que entenda a psicologia particular desses meninos que adubam essa penugem na cara. Quem precisa de terapia com um barbeiro desses?
Os ‘barbichados’ estão em alta. Vestem-se quase igual, penteiam-se quase igual e salientam a penugem do buço e da perinha quase igual.
Se juntarem um grupo destes tipos jovens mais parecem terem saído duma confraria das barbicas e bigoditos. Olho para a cara dum desses sujeitos e às vezes fico fascinado começo a imaginar donde lhes veio esta ideia, mas sem o conseguir. Eles lá sabem com quem se prtendem identificar.
Para complementar tudo isto um ligeiro corte na sobrancelha vem a calhar com um adjuvado piercing, um brinco na orelha, alguma coisa furando o canto dos lábios, alguma coisa espetando a narina. É uma imagem do passado ancestral das tribos cuja antropologia tem estudado ao longo dos tempos. Vejam-se os índios originais, dos poucos que ainda sobrevivem na Amazónia, vestem-se e decoram-se à moda.
Enfim, para serem diferentes dos seus antecessores são capazes de tudo até de se fazer passar por ridículos.