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Hoje o sr. António Borges, segundo o Diário de Notícias Economia, acusou os empresários, eu diria ofendeu, ao chamar-lhes “ignorantes” . Não sr. Borges, não somos contra o capital nem contra o trabalho, porque ambos são coisas boas. Não se trata de ter medo de perder o poder de compra nem da austeridade. Para si o trabalho é que é coisa má, e o capital é bom. Ignorante é o senhor que não sabe que ambos se complementam e têm ambos uma função social. A si é-lhe conveniente ofender e ir buscar fantasmas como o do marxismo que, com afirmações como as suas, só o faz avivar ainda mais. O que o sr. defende é que as empresas sejam financiada pelo trabalho sem quaisquer contrapartidas motivadoras para este. Para si só as empresas é que devem ter vantagens. A competitividade está em ambos que têm que ser motivados. Talvez fosse melhor desamparar-nos a loja, o que sempre seria menos uma despesa inútil o estarmos a sustentá-lo com o ordenado que lhe está a ser pago pelos contribuintes. Caro senhor, vá pregar para outra freguesia e deixe de ofender quem cria postos de trabalho neste país, coisa para o qual o sr., com certeza, nunca contribuiu investindo no país o seu capital. Emigre e faça o favor de nos deixar em paz.
Tendo em conta a notícia publicada em http://www.publico.pt/Sociedade/ministerio-autorizado-a-cortar-em-tratamentos-mais-caros-para-cancro-1564780 veremos que pouco a pouco iremos cair, embora com outros contornos, numa espécie de solução final, mas muito mais requintada, neste caso para os doentes mais débeis, que tiverem o atrevimento de adoecer. Por enquanto não tem ainda em vista questões raciais, mas sociais. Doentes mais débeis de classes sociais, também elas, financeiramente mais mais débeis deverão morrer. Isto é, quem é rico viverá mesmo que seja mais dois meses, quem o não for deverá morrer porque não tem opção para escolher a cura por impossibilidade financeira.
Estes senhores estão sempre a salvo, o cidadão comum, se doente, elimina-se. Depois chamam-lhe racionalizar. Sem meios de diagnóstico como saber se alguma doença estará ou não a declarar-se. Quando se diagnosticar já não há remédio. Depois é menos u que fica.
Eis a ideologia ultra deste senhores.
Francamente, para onde estamos a caminhar. Cortar e matar sempre que possível. Isto são prenúncios ainda que ténues de ideologias pro-nazis.
O que este governo propõe é uma austeridade perpétua e continuada que ultrapassa as medidas para redução e contenção do défice que ao longo de um ano não conseguiu.
A estratégia política e social deste governo foi posta a descoberto com a tentativa, esperemos que falhada, de transferir dinheiro do trabalho para o financiamento das empresas através da taxa social única (TSU) onde, quem fica a ganhar, são as grandes empresas pró-monopolistas de serviços não transacionáveis e não as empresas de bens e serviços transacionáveis. Isto é, as empresas exportadoras que, apesar de desempenharem um papel fundamental com a sua contribuição positiva da balança de pagamentos, não iriam durante muito tempo usufruir daquela vantagem, nem tão pouco iriam induzir significativamente o alargamento do mercado interno pelo crescimento económico pouco significativo para o qual iriam contribuir. Isto é percetível até para quem não é especialista em economia.
Os portugueses, em nome da diminuição do défice que o governo ainda não conseguiu travar, estavam(ão) dispostos a colaborar com a austeridade mas, o que se pretende fazer ultrapassa toda a ética social e política, daí o desacordo de praticamente toda a sociedade civil. Sobre este assunto está publicado online um artigo de opinião de José Gomes Ferreira, da SIC Notícias, que vale bem a pena ser lido.
Esta medida, entre outras que pretendem tomar, já nada tem a ver com a diminuição do défice mas apenas impor um modelo económico neoliberal muito mais radical do que Margarete Tatcher impôs na Inglaterra nos anos oitenta seguindo a mesma linha de Ronald Reagan nos Estados Unidos da América e, mais recentemente, durante o mandato de George W. Bush também nos EUA que consistiu em fazer baixar os impostos aos mais ricos e às grandes empresas, ao mesmo tempo que para os restantes aumentavam os impostos a todos os níveis e as contribuições sobre rendimentos do trabalho.
Este PSD, que nada em a ver com quele em que as pessoas acreditaram durante vários anos, o que pretende é beneficiar uns em prejuízo de outros, isto é, desequilibrar os pratos da balança que, diga-se, já estava bastante desequilibrada. Para além de uma falta de sensibilidade política e social parece existir uma aversão a todos os estratos das classes médias e trabalhadoras sustentáculos da maioria das pequenas e médias empresas que pretendem sacrificar até à exaustão, de modo a que se efetue uma transferência para outras mãos de tudo o que obtiveram, ao longo dos anos, com trabalho, alguma poupança, salários, pequenas propriedades, e outro bens. Daí o grito dado nas manifestações do “queremos as nossas vidas!”. Se as empresas e famílias se endividaram foi porque, quem nos tem governado ao longo dos anos ajudou a fomentar, com o apoio dos bancos, para esse endividamento. E todos aqueles que enriqueceram, desde o tempo de Cavaco Silva, através dos fundos estruturais, a maior parte das vezes utilizados indiscriminadamente e sem controlo não terão contribuído para o descalabro com que agora nos confrontamos? Onde se encontram agora muitas dessas empresas que abriram para receberem as ajudas europeias?
Temos também agora o sr. ministro da administração interna que tem feito discretamente algum bom trabalho, dizer que Portugal não pode ser «um país de muitas cigarras e poucas formigas». Gostaríamos de saber se ele se está a referir às centenas de milhares de cidadão que têm vindo a protestar nas últimas semanas contra as medidas exageradas de austeridade que, até agora, em nada vieram contribuir para a diminuição do défice. Claro que depois deu uma desculpa esfarrapada que já não convenceu ninguém.
Este governo nunca explicitou, de acordo com a sua ótica o que eram medidas estruturais que, pelos vistos, são apenas tomadas para o lado do trabalho Quanto a outras medidas estruturais fica-se pelo silêncio. Está mais que visto que, o que este governo propõe, é uma austeridade perpétua e continuada que ultrapassa as medidas necessária para a redução e contenção do défice.
Quanto mais empobrecido vai ficando um povo e a diferença entre os ricos e pobres se vai salientando tanto mais se manifesta a sua capacidade de manifestação e de revolta. Não é por acaso que a repressão e a ditadura são uma constante em países onde a pobreza e a riqueza extremas são manifestas.
Sísifo foi condenado a transportar um rochedo para o cimo de uma montanha
mas, quando chega ao topo, o rochedo voltava a rolar
em direção ao sopé e Sísifo volta a levá-la para cima, istoaté a consumação dos séculos.
Este é o futuro que estão a destinar aos portugueses
Se nos recordarmos das intervenções de jornalistas, politólogos, comentadores, economistas e outros afins, e, se percorrermos os comentários surgidos na imprensa da altura em que foi lançado o primeiro pacote de austeridade, já no tempo de Passo Coelho, em que os primeiros e os únicos a serem diretamente lesados nas suas remunerações foram os reformados, pensionistas e funcionários públicos, confirmaríamos a concordância que então se gerou em volta desta medida que então, diziam, ser uma necessidade absoluta para a diminuição do défice e da despesa pública. Em termos meramente financeiros até se pode aceitar esta medida. Contudo, naquela mesma altura, escrevi alguns comentários “online” em alguns sites de informação e notícias onde afirmava que a maioria dos comentadores e alguns jornalistas se mostravam favoráveis àquelas medidas, ao mesmo tempo que muitos trabalhadores do privado eram também favoráveis. Afirmei num “post” deste blog, sob o título “Governação e coesão social em tempo de crise”, que este governo estava a destruir e a pôr em causa a coesão social.
Alguns dos senhores jornalistas, especialistas em economia (por exemplo o Sr. Camilo Lourenço) que, na altura, defendiam no todo as medidas de austeridade então tomadas, hoje, não sabemos, com clareza, se defendem ou não estas novas medidas, no todo ou em parte, embora, demagogicamente venham dizer que têm muita pena dos reformados! Afinal até gostaríamos de saber, no caso cocreto do mencionado jornalista, a sua posição sobre o aumento da taxa social única para trabalhadores privados e sobre a transferêcia em parte e diretamente para as empresas. Por favor, mais teoria económica e propaganda do ministério das finanças para totós não! Isso só cria confusão nas pessoas.
Ah! Afinal também está contra a TSU e a subida do IRS ou não? Parece que "nim". Pela entrevista sobre o assunto na RTP Informação parece-me que "nim", mas que também. Mais uma vez economia para "totós". Deixemo-nos de tentativas de educação do "proletariado como dizia Mao Tse Tung e de revoluções culturais que vão falhar, isso já lá vai há muito e ainda bem!
O que vemos agora independentemente da validade ou utilidade ou não das medidas que o governo pretende tomar? Vemos muitos daqueles senhores que apoiaram na altura, em uníssono, as medidas do governo, estão hoje, através dos mais variados argumentos técnicos, totalmente contra a tomada destas novas medidas porque, e falando em bom e popular português, lhes estão a ir ao bolso, quer dizer, ao de todos nós! Estou de acordo? Não, obviamente! Serve apenas para esclarecer que, nos dias que correm, o que é dito hoje pode já não o ser amanhã sempre que somos afetados com medidas com que não contávamos. Agora será bom que funcionários públicos, reformados e pensionistas também apoiem uma “luta” que agora já não é apenas deles mas de TODOS nós.
Estamos em tempo de mobilização geral de todos os jovens, idosos, trabalhadores do público e do privado, reformados e pensionistas. Passei por todas as fases pós revolução do 25 de abril, algumas delas muito más e outras muito boas e muita coisa mudou na nossa sociedade. Problemas gravíssimos conjunturais e estruturais ao longo de todos estes anos e por duas vezes com intervenções do FMI foram sendo resolvidos com a compreensão e o empenho de todos empresários e trabalhadores contribuindo, sem grande queixume, para a sua resolução. Que me recorde, nunca o trabalho e tantos empresários foram tão sacrificados como agora em benefício de algumas empresas e famílias que dominam e querem controlar um Estado cada vez mais fraco e dependente. Afinal para que serve o Estado neste país senão para benefícios de alguns, poucos.
Os portugueses passaram, ao longo do tempo, por vários governos, tirando alguns mais radicais de esquerda, mas não me recordo de assistir a medidas de cariz ideológico neoliberal tão violentas que apenas as posso comparar às tomadas por Margarete Tatcher em Inglaterra nos anos oitenta. Aconselho a leitura do post do anterior blog em
Sempre critiquei as políticas erradas seguidas pelo anterior governo, chefiado pelo primeiro-ministro José Sócrates. Havia que acabar com as medidas despesistas em tempo de crise. Acusavam-no de mentir e de esconder aos portugueses a verdadeira realidade em que nos encontrávamos o que de certo modo se verificava. Falava sobre a evolução favorável da crise e da recuperação e, na semana seguinte, dizia precisamente o seu contrário. Um dos paladinos de direita no ataque e denúncia era precisamente o atual ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Portas sempre em nome do patriotismo. Lembram-se quando ele atacou o anterior executivo ao pretender baixar as reformas dos pensionistas e de quanto atacou os PEC’s (Programa de Estabilidade e Crescimento), que o PSD também combateu? O que vemos agora? Precisamente o contrário do que agora defendem. Não vale a pena enunciar as atitudes destes atuais governantes porque elas são sobejamente conhecidas.
O que Vítor Gaspar está a fazer, em conjugação com “os primeiros-ministros”, o real e os virtuais que não se vêm mas de vez em quando aparecem, é testar alguns modelos macroeconómicos à custa dos portugueses, com previsões vagas e sem projeção de cenários macroeconómicos possíveis que devem existir em situação de incerteza como aquele em que nós vivemos e servem para se ir progressivamente recuando ou avançando nas medidas tomadas. Isto é, tentar provar que o modelo económico que ele perfilha é que está correto, os outros estão todos errados. Portugal não pode dar-se mais ao luxo de experimentalismos. Aliás, a linguagem utilizada pelo ministro das finanças ultrapassa a linguagem técnica e torna-se num código hermético, que mesmo a ser utilizada numa aula de economia os alunos ficariam na mesma. Talvez fosse útil consultar a sua tese de doutoramento.
Para que serve mais tempo dado pelas instâncias internacionais para diminuir o défice como alguns partidos defendiam quando são tomadas mais gravosas medidas de austeridade? Assim, mais tempo vai apenas prolongar o sofrimento do doente ao mesmo tempo que lhe incute remédios cada vez mais fortes que rebenta com outros órgãos. Claro que me poderia colocar na posição do ministro e arranjaria com certeza justificações diversas para o efeito, nomeadamente a pedagogia do medo (veja em: http://zoomsocial.blogs.sapo.pt/tag/medo) como o primeiro-ministro fez, tentando passar esta mensagem na entrevista na RTP1, posteriormente também acolitada por alguns dos seus correligionários.
Reformas estruturais demoram muito tempo a efetuar. O que precisamos neste momento são reformas, eventualmente temporárias, para ultrapassar esta crise de endividamento e, ao mesmo tempo fazer com que a economia se ressinta o menos possível. Não são as teses de doutoramento nem os modelos e gráficos dos manuais de economia que estudamos que vão resultar porque, cada país, cada sociedade, cada cultura tem as suas especificidades. Na Europa nem todos são alemães, nem holandeses, nem finlandeses ou outros, por isso, as reformas estruturais têm que, forçosamente, ser vistas à luz das culturas e hábitos de cada país que, a este nível, demoram a assimilar, assim como a democracia em Portugal demorou cerca de trinta anos e oito anos a ficar mais ou menos sólida. A Europa tem que se convencer que a unidade económica e monetária não significa obrigatoriamente unidade cultural. Há nichos económicos específicos que só progressivamente podem ser modificados
De acordo com as previsões tudo aponta para piorar. O tipo de ideologia política deste governo o que pretende é uma revolução legislativa ultraliberal de destruição baseada na terra queimada para depois, sobre as cinzas, construir o país que para eles seria o ideal, à boa maneira das revoluções soviética e chinesa do século passado.
Tudo isto serve para dizer que não estamos em tempo de cada um puxar para o seu lado, cada um deve deixar de ser o senhor de lideranças e vanguardismos, um pouco desatualizadas e, por si só pouco eficazes, por afastarem alguns mais temerosos. Devemos começar a pensar sem clubismo partidário. Ser simpatizante ou votar em determinado partido não pode ser para toda a vida, por vezes há que distanciarmo-nos. Devemos todos participar em iniciativas que forem tomadas. Não esperemos que as coisas melhorem porque pelo andar da carruagem vê-se quem lá vai dentro”. Posso acrescentar que em 12 de setembro no parlamento o ministro Vítor Gaspar disse que “este ano ainda existirão algumas medidas temporárias que permitirão diminuir o défice” confirmado pela entrevista de hoje pelo primeiro-ministro. Devemos integrar-nos numa sociedade mais mobilizada e organizada através das várias iniciativas que estão a ser tomadas de modo a serem construídas alternativas, porque elas existem, sem renunciar aos compromissos assumidos como alguns pretendem.
O grito silencioso e isolado, já com a corda na garganta, de nada serve. Só em conjunto os protestos terão efeito sobre o pretendem fazer ao nosso país. Serão estas a reformas estruturais que Passos Coelho prometia antes as eleições e aquelas que continua a pregar? Será que as reformas estruturais da economia incidem apenas sobre os rendimentos trabalho ou passam também pela modernização e estruturação das empresas e ao estímulo à produção?
O primeiro-ministro desafiou um dos maiores empregadores nacionais mas não desafiou os outros grupos monopolistas como EDP, Galp, PT e outros a baixar os preços, que são as empresas que mais irão beneficiar das medidas aplicadas porque, por imposição da “troika” há que baixar as rendas excessivas recebidas por algumas dessas empresas há por outro lado que recompensá-las dessas perdas à custa do povo português.
Hoje, após ter visto hoje uma publicidade institucional na RTP1, não resisto a dar umas fortes gargalhadas a esta publicidade, embora o caso não seja de todo para rir. A sinopse é mais ou menos a seguinte: numa estrada um carro desportivo descapotável com o condutor com a mão de fora segurando um cigarro. Seguem-se imagens de incêndios. Sequência de texto com vos “off” dizendo em síntese “1162 hectares de floresta ardida …… e tudo motivado por um cigarro”. Mais imagens de incêndios!
Dá para acreditar nisto? Será que nos locais onde se desencadeiam os incêndios, (os maiores dos últimos 10 anos), em locais por vezes inacessíveis, é devido a cigarros! Será que os graves incêndios em intensiddae extensão desencadeados no Algarve e noutros locais como Viseu, Seia, Arganil entre muitos outros, foram provocados por cigarros? Por outro lado, as intervenções do primeiro-ministro e doutros responsáveis do governo, no que respeita aos incêndios, têm sido apenas no sentido de dizerem que irão ajudar as pessoas cujos bens foram destruídos, “mas não todos, como devem compreender”, dizem eles, e não haja uma única palavra sobre prevenção futura nem uma palavra sobre as causas dos ditos incêndios. Será que o primeiro-ministro quando fala de deixar um Potugal melhor para s seus filhos se refere apenas a medidas cegas de austeridade e não se importa com a saúde dos espaços onde eles irão viver? Quem pretendem proteger afinal? E a “abertura” dada de mão beijada pelo MAP à plantação de eucaliptos, na ânsia do aumento das exportações, poderá ou não ser também uma das causas da destruição de áreas de pinheiro? Ou será que sou também ignorante porque faço parte do povo que pretendem enganar? Agarram-se ao conformismo, assim como querem que os portugueses se conformem com as medidas que são tomadas. Será que ainda haverá paciência para isto?
Considero qualquer tipo de terrorismo cobarde, criminoso, abjeto e outros adjetivos similares. A morte de pessoas e a destruição de bens pelo terrorismo é lamentável e os culpados deveriam ser exemplarmente punidos. Este tipo de terrorismo a que me refiro, quando tem fins políticos, religiosos e ideológicos é, por norma, reivindicado por organizações clandestinas que querem ter protagonismo pensando assim que defendem causas. É como se dissessem, somos de tal organização, defendemos isto, estamos aqui e fizemos aquilo.
Todavia há outro tipo de terrorismo que prolifera no nosso país que é o dos incêndios das nossas florestas na época de verão, alguns cobardemente provocados, outros por negligência que não deixa de ser também criminosa.
Do meu ponto de vista estes incêndios são também atos de terrorismo premeditado tanto ou mais cobarde do que os anteriormente referidos porque destroem riquezas florestais colocam em risco pessoas e bens, não são reivindicados por ninguém, desconhecem-se quais os objetivos ou quaisquer organizações a que eventualmente pertençam. É um terrorismo sem rosto sobre o qual se tem especulado muito e descoberto pouco. Que tipo de gente é esta que obtém vantagens com este tipo de terrorismo cujas causas e origens não são conhecidas nem identificáveis, que destroem o país onde os seus filhos e netos irão viver, condenando-os a um deserto de montanhas e áreas escalavradas e onde irão surgir eucaliptos e outros “projetos” destruidores do ambiente? Afinal o que pretendem? Quem pretendem atingir?
Portugal é o quinto país do mundo com a maior área de eucalipto plantada. Esperemos, já agora, que a “fúria” das exportações, nomeadamente as da madeira para pasta de papel e o incentivo à plantação de eucaliptos que o Ministério da Agricultura, Mar e Ordenamento do Território, pela mão da sua ministra, não vá estimular os incêndios de matas de pinheiros onde depois se plantarão eucaliptos que crescem rapidamente com o consequente lucro rápido e fácil, porque este é o país do vale tudo!